29.5.06

Últimos dois meses de São Paulo

Era um domingo de outono ensolarado, daqueles em que o céu mais parece uma pintura de tão azul e sem nuvens, quando passávamos de carro pela mais paulista das avenidas. Meu querido marido dirigia pela avenida Paulista de ponta a ponta enquanto eu, na condição de passageira, podia observar cada detalhe, cada rosto que passava.

Quem conhece sabe que aos domingos a avenida se transfigura com suas feirinhas de artesanato e antiguidade. Os ternos e gravatas, rostos apressados, pastas e laptos dão lugar aos carrinhos de bebês, cachorros em coleiras e casais enamorados debaixo da caixa de concreto mais imponente da avenida - o Museu do Masp. Estes minutos dentro do carro foram suficientes para passar um mini filme em minha mente.

Imaginando que a minha produção fosse parar nas telonas eu a chamaria de "Há dois meses de dizer tchau para São Paulo". Tudo bem vai, não seria assim uma produção Hollywoodiana. Com este nome, está mais para circuito alternativo do Espaço Unibanco de Cinema do que qualquer outra coisa. Enfim...

Enquanto meu querido marido alternava as marchas para respeitar os semáforos que abriam e fechavam, eu dizia que tenho uma relação de carinho com a Avenida Paulista afinal ali passei os quatro anos de faculdade entrando e saindo do campus de concreto da Cásper Líbero. Dos dez anos passados em Sampa, alguns deles também foram (aí já depois de formada) morando na Frei Caneca tudo alí em volta! O coração cultural de São Paulo.

E antes que isso comece a parecer nostálgico demais (apenas parecer porque acreditem , não é. A nostalgia vem quando lembramos algo que deixamos para trás e não queriamos ter deixado. Aqui é muito diferente. Existe a vontade de seguir em frente e como!) a avenida acabou, o sinal abriu e me dei conta que estavamos na Dr. Arnaldo rumo ao restaurante japonês indicado pela minha querida companheira de Faculdade Cris Mano (sim , vc já leu o nome dela em algum lugar e antes que você pare de ler o meu texto e comece a fazer pesquisas no google para se lembrar de onde, ai vai - a Cris é repórter da revista Exame e assina ótimas matérias por lá desde que deixamos a Cásper nos idos de 1998) .

Aliás, todo o trajeto da Paulista só aconteceu porque estavamos indo ao encontro da Cris Mano e seu digníssimo namorado Pérsio (queridos, vocês são especiais!) para um almoço de domingo ensolarado na área externa do restaurante japonês. Japonesa, italiana, chinêsa, indiana. Pouco importa a iguaria pedida quando estamos com a Cris e o Persio. Em nosso último encontro, em um ótimo restaurante coreano na aclimação aliás, tivemos que ser praticamente "expulsos" do restaurante pois eles queriam fechar e o bate papo não acabava.

Ontem não foi diferente! Entre sushis e sashimis, risadas e gargalhadas, terminamos muito bem nosso domingo. Cris e Persio, obrigada pelos momentos!

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