23.6.10

Terremoto - segunda experiência

Estava eu aqui na calmaria da minha sala, no décimo quinto andar do prédio onde moro na região norte de Toronto, estudando para um exame que pretendo fazer. Meu filho dormia em seu quarto na paz que só um bebê dormindo consegue passar. Uma e quarenta da tarde do dia 23 de junho e, pela segunda vez em minha vida, sinto o chão tremer!

A cadeira tremeu e eu parei na hora. Acho que conheço essa sensação pensei. Quando olhei para o lado, a luz de leitura em cima da mesa também balançava. A luminária de chão, a cadeirinha do Arthur e até as paredes tremiam como que em um balé da mãe natureza. Eu tinha certeza tratava-se de um tremor de terra. Na hora, a minha reação de mãe foi me levantar de onde estava e ir até o quarto da cria ficar ao lado dele esperando ou que o tremor passasse logou ou que alguma instrução de evacuação do prédio fosse passada. Caso precissase agir rápido já estava do lado do bebê que dormia.

Não contei exatamente, mas acho que um minuto se passou e o chão ainda estava lá. Nada mais balançava e o meu filhote continuava sua soneca da tarde tranquilamente. Eu respirei fundo, tomei uma água (sim, porque essas coisas assustam. Ainda mais em prédio!) e voltei aos meus estudos.

Meia hora depois entra o sistema de microfone integrado do prédio em ação(dentro de cada apartamento há um auto falante que nos permite ouvir a administração do prédio sempre que preciso) para informar que o que havia acontecido era mesmo um terremoto leve que atingiu Toronto e que suas atividades já tinham acabado e que, portanto, era seguro permanecer no prédio. Eu estava certa!

No primeiro segundo que entrou a voz no microfone o Arthur acordou e começou seu "falatório" (vulgo dialeto que só os bebês entendem e os pais juram que eles estão falando papai e mamãe. Posso jurar que já ouvi o Arthur falar Paula:) quando acorda depois das sonecas. Em seu dialeto, Arthur devia reclamar do moço falando alto no seu ouvido e querendo saber porque o berço parou de chacoalhar já que bebês adoram um movimento não? Brincadeiras à parte, o susto passou , o Arthur acordou e os estudos vão esperar a próxima soneca do filhote à prova de terremoto:)

Ah, a primeira vez que senti um tremor de terra estava no Brasil na casa dos meus pais no interior de São Paulo, em Boituva. Entretanto, naquele ano, o tremor foi bem mais leve porque se tratava apenas de um reflexo de um abalo que havia ocorrido em outra cidade da região. Já esse de hoje chacoalhou um bocado as coisas por aqui!

2 comentários:

Alessandra Mosquera disse...

Oi! Li na net que houve outro terremoto, de escala 5, hoje de manha. Está tudo bem aí?
Tenho muito medo de terremoto, aqui em Madrid já aconteceu mas era muito levinho, e eu nem senti. Mas esses fortes devem ser horríveis. Um abraço.

Alessandra - Madrid , Espanha

lizete disse...

É, ainda bem , que você, postou em seu orkut, instantâneamente, que tudo estava bem!Ai, bendita net!Beijos/ saudades.