Sobreviver ao mês de julho em Toronto, como diria o dito popular distorcido, é "uma faca de dois legumes". De um lado a enxurrada de festas, festivais (abafa o caso que por aqui eles resolvem chamar de festival qualquer reunião de 3 barraquinhas na rua...), atividades outdoor "pipocando" com as temperaturas altas do verão úmido da cidade e de outro tem você - habitante do mosaico multicultural - com suas míseras 24 horas por dia durante dois dias por semana e algumas meras horinhas pós trabalho durante a semana!
Se este é o seu primeiro ano na cidade vai sentir uma urgência em tentar ser onipresente. Aceite, você não vai conseguir ir à todos os eventos nem mesmo se tiver um clone. Ah, mas e onde fica o segundo lado da faca? Que faca? Aquela gente, a de "dois legumes"... O segundo lado está justamente no fato de você, habitante desta cidade que não pára no verão e hiberna no inverno, poder conhecer diferentes atrações a cada ano que passa sem se repetir.
Aliás, por falar em hibernar no inverno, a autora Margaret Wente do meu atual livro de cabeceira - An Accidental Canadian - Reflecting on my home and (not) native land (que nem é assim uma Brastemp mas dá para passar o tempo e pensar um pouquinho), tem uma explicação para o fato de Toronto ser uma cidade mais workaholic no inverno. Segundo ela, difícil é achar o que fazer com tanta neve lá fora. Eu não necessariamente concordo com ela mas é de se pensar...
Pensar é o que não quero fazer agora, então vou sair já para aproveitar o calor lá fora (morando por estas bandas você acaba se sentindo um criminoso se não o fizer, vai por mim. Após quase dois anos morando aqui eu entendo mas acho que nunca vou me acostumar com esta "obrigação") e dar um pulo no Taste of Lawrence pela primeira vez (no ano passado fui à outros bons e alguns nem tão bons assim. Lembram da faca?). Amanhã? Vou contrariar um pouco a regra de verão "fique ao ar livre a qualquer custo" e saciar a minha sede de teatro e curtir o Toronto Fringe Festival que traz toda uma programação de 2 a 13 de julho de teatro a no máximo $10!
FUI.
5 comentários:
Paula,
obrigada pelo post.
Como o Rô faz para entrar em contato com vc!
Abs
Sei exatamente do que vc está falando. Não posso ver um solzinho lá fora que já me sinto culpada por ficar em casa,e quando saio,me sinto culpada por ter deixado os cachorros em casa. Que dilema! Sempre que dá procuramos fazer programas dos quais eles tb possam participar.
Aqui, mais do que em SP, a gente vive em função de aproveitar o fim de semana porque os dias quentes nao duram muito.
Bjs
Paula, valeu pela passadinha e pela dica deixada lá no blog! Sem dúvidas é com o que mais deveríamos nos "ocupar". Eu sinto saudades desde já...
Sobre seu post, eu aguardo ansiosamente por passar por esse grande problema de ter que decidir minha programação outdoor durante o verão! ;) hehehe
Beijos,
Mariana
Curta bastante o verão...sem obrigação!!!
abç,
Carol.
Oi Paula
Agora com o calorzão, fica uma delicia explorar os cantinhos de Toronto
Sinto falta de andar pelas redondezas daí...foi uma epoca muito boa quando moramos em North York
Bjs
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