Conta a saga do casal que ousou deixar o Brasil para viver no Canadá e experimenta em Toronto a inesquecível e transformadora experiência de ser imigrante.
19.3.08
Reencontrando Bruce
17.3.08
Vamos ao teatro - para rir muito!
13.3.08
E não é que o Papa é Pop mesmo!
Não aquele papa da velha conhecida música que o Humberto Gessinger tanto cantou nos idos da década de 80 durante a adolescência de qualquer um com mais de 30. Aqui o papa é outro, mais íntimo das meninas por assim dizer, mas tão pop quanto. Isso, aquele mesmo - o papanicolau – que aliás deve morar no inconsciente masculino pois já foi cantado também pelos Titãs na mesma década que embalou a minha adolescência. Quem aí não embalou a “ginecológica” canção Clitóris? (ops, meninos, este post hoje está um tanto quanto feminino!)
Agora voltando a conversinha com as meninas sobre o pop papa, ou melhor o - papanicolau. Esta semana fui, pela primeira vez desde que cheguei aqui, visitar o “dotô” justamente para fazer o famoso e tão importante check up anual ginecológico que inclui o valiosíssimo – e pop – papa. Devo dizer que foi, no mínimo curioso. Tudo certinho e nada de novo pois afinal tratava-se do velho conhecido de toda mulher que preze a sua saúde e tão famoso papa (bendita hora que a medicina resolveu usar como base o latim para todos os seus termos médicos! E não é que o papa chama-se papa por aqui também? Não disse que o papa continua sendo pop?).
Muito já se discutiu sobre médicos no Brasil e médicos por aqui, por isso não estou nem um pouco a fim de cometer a injustiça de comparar o sistema de saúde privado - digno de primeirio mundo que nós enquanto uma elite tínhamos o privilégio de ter acesso no Brasil - com o sistema público de saúde daqui. A blogueira que melhor dissertou sobre o tema, na minha opinião, foi a Alexandra e se você lê em inglês, sugiro o texto que é, na verdade, a minha opinião sobre o assunto.
Mas voltando à celebridade Papanicolau, confesso que eu estava me sentindo incomodada de ainda não ter ido ao médico por aqui (mesmo que fosse para um check up) ainda e , principalmente, de ter que deixar de lado uma relação de mais de 8 anos com o meu ginecologista lá do Brasil (o Dr. Marcio Jordão é um dos melhores profissionais que eu conheci e quando fui me despedir dele até brinquei que os profissionais que eu mais sentiria falta no Canadá seriam ele, a minha manicure e a minha faxineira! Devo confessar que hoje isso se confirmou verdadeiro rsr).
Entretanto, aqui foi a terra que eu escolhi para viver, moro aqui e fiz esta escolha. Quando fazemos escolhas, fazemos trocas e devemos nos adaptar a elas.
Ao sair da clínica não pude deixar de observar o grande aviso que dizia “Não aceitamos mais pacientes que não falem INGLÊS!” . Pensei comigo, este país é uma loucura mesmo. Um médico Canadense, formado na Universidade de Ottawa, no exercício de sua função, em seu país onde o idioma oficial é o inglês (no caso da províncea de Ontario), precisar colocar este tipo de anuncio!
No mínimo curioso e retrato de um país formado por imigrantes. Agora se você é mulher, brasileira, e chegou aqui com o inglês fluente não se preocupe que a consulta segue bem feitinha, direto ao ponto, o médico é bom, “limpinho”, você apresenta o seu OHIP (o cartão de saúde pública Canadense) entra, faz o que tem que ser feito e sai sem gastar um tostão (claro que pagamos nos impostos).
Devo confessar que nesta hora me senti cidadã de verdade e feliz em saber que o papa continua pop!
7.3.08
Colunista do Brasil News
O primeiro artigo traz a primeira parte das dicas econômicas do roteiro da região de Muskoka onde estive no último feriado de fevereiro. Espero que os leitores do Brasil News e do Era gostem e tirem bom proveito de todas as dicas!
Boa leitura e bom fim de semana à todos!
4.3.08
Chamem os Paramédicos
Queimadura, afogamento, crise de asma, choque anafilático, sangramento de nariz, fratura, hipotermia, angina, ataque do coração, epilepsia, diabetes, pressão alta... e o pulso ainda pulsa! Calma gente, não estou “compondo” a versão 2008 de O Pulso cantada na voz do eterno poeta Arnaldo Antunes não!
Simulação de cenários de emergência, “bonecos” adultos para ressuscitar, “bonecos” bebês que acabaram de se afogar e estão ficando sem respiração para ressuscitar, curativos para fazer e ataduras foram apenas um dos muitos exercícios práticos deste EXCELENTE curso que eu fiz e recomendo à todos. O que, à princípio soa como algo banal, na realidade acaba sendo um ato de amor pois 80% dos casos em que você vai aplicar as técnicas de primeiros socorros será com familiares e amigos, 15% em colegas de trabalho e 5% em estranhos na rua. Sim, aqueles que você mais ama serão os maiores beneficiados do seu conhecimento.
Na realidade, eu sempre achei que este é o tipo de conhecimento que todos deveríamos ter. Claro que, em uma situação real, nem todos nós estaremos aptos a de fato agir na real velocidade e ao mesmo tempo com a frieza que a emergência exige. Entretanto, se todos tivessem ao menos o conhecimento vocês concordam que aumentaria o número de pessoas que sequer sabem que poderiam agir e acabariam, em momentos decisivos, se tornando a diferença entre a vida e a morte para outra pessoa?
Sempre achei isso e - ironia do destino – só estou hoje aqui contando tudo para vocês neste blog porque um anjo (né Vitor? Querido, este post é em sua homenagem. Acho que estarei velhinha gagá e ainda me lembrando de como você salvou a minha vida) estava na hora certa, no lugar certo, tomou o controle da situação e- mais importante – sabia o que fazer corretamente, enquanto eu seriamente me afogava com um "estúpido" pedacinho de carne do estrogonofe (passei mais de um ano sem conseguir comer estrogonofe novamente).
Vitor, após terminar este curso eu aprendi que o tipo de afogamento que eu sofri foi o mais severo e não tivesse você literalmente iniciado os procedimentos de primeiros socorros, em no máximo 4 minutos, eu entraria em estado de choque e até chegar à um hospital era morte cerebral na certa. Claro que não pude deixar de lembrar de você o tempo todo quando fazia os exercícios (aqueles mesmos que você utilizou em mim) nos manequins adultos e bebês. Só para constar, o Vitor é o namorado gracinha da minha prima que estava em um almoço familiar - ou seja - o meu caso caiu nos 80%
Voltando ao curso, até o desfibrilador (que aqui em Toronto fica nas caixas brancas em eventos e locais com acesso ao público) eu aprendi a acionar em caso de emergência. Se bem que um FIRST AIDER (é isso que eu sou agora) aqui em Toronto nem sempre precisa chegar aos finalmentes dos primeiros scorros dependendo do caso, pois o tempo de resposta dos PARAMEDICS (você que está vindo para Toronto e tem habilidades nesta área, taí uma excelente dica de profissão por aqui muito valorizada e bem paga) é o mais rápido da América do Norte – em 8 minutos eles estão em cena.
Quer entender a importância do FIRST AIDER (que pode ser você) ? Em caso de choque (falta de oxigênio no cérebro por conta de uma batida, ataque, afogamento, etc) 4 minutos é o tempo máximo que alguém sobrevive e os PARAMEDICS chegam em cena em 8 minutos (expecional tempo considerando uma cidade grande como Toronto.) . Agora faça a matemática. Muitas vidas são salvas e o trabalho mais profissional dos paramédicos só pode ser realizado com sucesso porque antes um FIRST AIDER agiu corretamente na cena do acidente.
E aí ? Pronto para obter ao menos o conhecimento e ajudar a aumentar a amostra daqueles que vão conseguir de fato agir em uma emergência? Como diz a abertura do livro teórico do curso – “Melhor saber primeiros socorros e nunca precisar utilizar ao invés de precisar e não saber”.
Eu recomendo muito o curso, além do que você também vai perceber como há muita desinformação e mitos em torno dos primeiros socorros e que muitos deles são universais do tipo : pasta de dente em queimadura (ARGH@) , manteiga e por aí vai... E você, conhece algum absurdo da sabedoria popular quando alguma coisa sai errado?